A "virada" que culminou com a derrota americana na
Guerra do Vietnã (1954-1975) começou com uma série de ataques dos inimigos
comunistas em 1968. É o episódio conhecido como "Ofensiva do Tet". O
nome é uma referência à data de início das batalhas, o feriado de ano-novo
lunar, chamado pelos vietnamitas de Tet Nguyen Dan. A partir da madrugada de 31
de janeiro de 1968, o governo comunista do Vietnã do Norte e seus aliados, os
guerrilheiros da Frente de Libertação Nacional, mais conhecidos como
vietcongues, iniciaram ataques simultâneos contra várias cidades do Vietnã do
Sul - um país capitalista defendido pelo exército sul-vietnamita e por nações
como Austrália, Nova Zelândia, Coréia do Sul e, principalmente, Estados Unidos.
A idéia da invasão militar comunista era lutar para "libertar" o povo
do Sul da "opressão capitalista". Eles achavam que a invasão
provocaria uma rebelião popular contra o governo do Vietnã do Sul, coisa que
nunca aconteceu. No começo, o ataque-surpresa deu certo, mas os americanos e
sul-vietnamitas reagiram rapidamente. Como o poderio militar do lado
capitalista era muuuito maior, os comunistas foram expulsos em poucos dias de
quase todas as cidades que invadiram. Mas, apesar da vitória militar americana,
as imagens da invasão frustrada provocaram um bruta estrago nos Estados Unidos.
"A Ofensiva do Tet chocou a opinião pública americana. A cobertura dos
combates feita pela TV deixou em muita gente a impressão de que os Estados
Unidos e seus aliados estavam em situação desesperadora", diz o historiador
americano Ronald Spector, da Universidade George Washington. Dentro dos Estados
Unidos, aumentaram os protestos contra a guerra. Com o filme queimado, o
governo americano ainda segurou seus soldados no Vietnã por quatro anos, mas
acabou retirando as tropas em 1972. Diante do abandono americano, o exército e
os guerrilheiros do Norte ganharam terreno. Acabaram tomando a capital Saigon
em 1975, vencendo a guerra e unificando o Vietnã sob o regime comunista.
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